sábado, 26 de abril de 2008

Responsabilidade social interna

Autor: André Miranda
Fonte: Jornal O Globo – Caderno Razão Social Abril 2008 nr. 59

Resumo:

As empresas, além de criarem muitos projetos de responsabilidade social, que envolvem setores diversos da sociedade, devem preocupar-se em assistir também os seus próprios funcionários. Algumas pessoas concordam que trata-se de uma ação coerente, outras afirmam que é uma forma de investimento e há os que pensam ser uma obrigação da empresa.

Segundo o autor, há no mercado brasileiro empresas que acreditam na importância do desenvolvimento pessoal de seus quadros. O Razão Social registrou que todas as empresas entrevistadas disponibilizam facilidades no ambiente da companhia, oferecem bons planos de saúde, flexibilizam a licença maternidade, possibilitam a realização de cursos, podendo até compartilhar a posse das ações da empresa.

No Brasil, a Serasa é um exemplo de empresa preocupada com o público interno. Élcio Aníbal de Lucca, que foi presidente da Serasa por 17 anos, disse que as pessoas não podem ser encaradas como um artigo da empresa e por isso procuram dar qualidade de vida no ambiente de trabalho. Assim, oferecem academia, cursos de graduação e mestrado e outras dezenas de atividades dentro da sua sede, um prédio preparado para receber deficientes.
A Philips e a Promom se destacam por oferecer aos seus funcionários incentivos em benefício da saúde e qualidade de vida, e os empresários destacam que o respeito nas relações é fundamental.

Análise Crítica:

O autor da matéria, André Miranda, descreve, através de depoimentos das empresas, a importância de iniciativas positivas para aumentar a satisfação de seus funcionários, que são fundamentais para os negócios.

Com o movimento de responsabilidade social crescendo, as organizações já se preocupam em criar mecanismos para que seus funcionários atuem de acordo com a filosofia da responsabilidade social e para tal as companhias vem incorporando em seus treinamentos esse conteúdo.

Como informa um especialista, os investimentos em projetos sociais por parte das empresas, quando muito, são na ordem de 1% de seu faturamento. E como responsabilidade social é a responsabilidade de uma empresa diante da sociedade, se os funcionários não estiverem incluídos nesse grupo, a companhia estará longe de ser socialmente responsável.

Por isso, uma nova prática de gestão, que leve em conta a prática da responsabilidade social, deve ser considerada a fim de que possa trazer benefícios tanto para empresa quanto para a sociedade e principalmente para os funcionários, que acabam percebendo um espaço de realizaçao maior.

domingo, 13 de abril de 2008

Bill Gates defende maior participação social de empresas na América Latina

Autor: José Meirelles Passos
Fonte: Jornal O Globo – 05/04/2008

Resumo:

O autor esclarece que a situação econômica da América Latina melhorou nos últimos cinco anos, mas que os principais beneficados têm sido as empresas privadas e não os indivíduos. Para ele, chegou a hora de o setor privado dar a sua contribuição e nesse contexto descreve parte do discurso do megaempresário Bill Gates, na reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em 4 de abril.
Bill Gates, fundador e presidente da Microsoft, disse que as corporações têm um papel importante a cumprir na educação, saúde e bem-estar das pessoas. Gates, em seu discurso, afirmou que é hora de aplicar o que ele chama de capitalismo criativo.
Ele abriu a reunião incentivando tanto a formação de novas parcerias entre o setor privado e os governos, através de doações, como de concessões diretas de empresas a entidades e comunidades carentes. Afirmou, também, que as empresas e indivíduos com ótima sitsuação financeira deveriam distribuir o seu lucro com habitualidade. Mas, esclareceu que é fundamental a monitoração da aplicação dos recursos distribuídos, para que não haja desperdício e atinjam os objetivos almejados. Porém muitas empresas não acreditam muito nesse tipo de parceria. Perguntas como: Será que o dinheiro vai ser aproveitado? Será que produzirá grandes resultados?, são dúvidas comuns entre os possíveis doadores.

O presidente do BID, Luis Alberto Moreno, disse que é preciso, sobretudo, conceder créditos a quem não tem para que o objetivo de erradicar a pobreza possa ser alcançado.

Análise Crítica:

O autor inicia a matéria com posicionamento crítico sobre o tema distribuição de riqueza, afirmando que o setor privado precisa ser mais generoso com os seus lucros em benefício dos indivíduos. Apresenta na matéria o discurso de Bill Gates e sua entrevista com o presidente do BID.
A importância da participação social das grandes corporações na ajuda aos mais necessitados tornou-se mais óbvia após a leitura da matéria em questão. As empresas precisam estar cada vez mais alinhadas com uma administração voltada para a responsabilidade social a fim de melhorar a educação, saúde e bem-estar das pessoas. Foi assim que Bill Gates se posicionou na reunião anual do BID segundo o autor da matéria.